Desocupação da Favela do Moinho completa 30 dias; cerca de 25% das famílias já deixaram local

  • 22/05/2025
(Foto: Reprodução)
Continuam na comunidade aproximadamente 600 famílias, aguardando encaminhamento do governo estadual para conseguir a casa própria. Apenas cinco famílias já estão nas novas moradias. Desocupação na favela do Moinho completa 30 dias A desocupação da Favela do Moinho, no Centro de São Paulo, completa 30 dias nesta quinta-feira (22). Em um mês, 216 das cerca de 850 famílias que viviam no local deixaram a comunidade. Dessas, somente cinco estão em novas casas destinadas pelos governos estadual e federal — as outras 211 vivem com auxílio-aluguel de R$ 1.200. Na semana passada, o governo federal anunciou que fechou um acordo com o estado de São Paulo sobre o processo de desocupação do local, garantindo moradia sem endividamento às pessoas, ou seja, apartamentos subsidiados tanto pelo governo federal quanto pelo estado de São Paulo às famílias com renda de até R$ 4,7 mil. O governo paulista tenta obter a posse do terreno, que pertence à União, para remover a favela que considera um obstáculo no combate ao crime organizado e na revitalização da região central. A gestão pretende construir um parque e transferir sua sede para o Centro. ✅ Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp. Apesar de a notícia ter sido celebrada, o clima na Favela do Moinho nesta quinta-feira (22) era de apreensão. As cerca de 600 famílias que continuam por lá têm a expectativa de que, em breve, consigam a casa própria e esperam o encaminhamento por parte da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU). Além disso, os comerciantes que dependiam da circulação das pessoas pela comunidade reclamam pela saída das famílias, o que desaqueceu os negócios. Nos cálculos da Prefeitura de São Paulo, há cerca de 60 estabelecimentos no local. Segundo a administração, um auxílio de até R$ 60 mil, como parte do programa de remoção, será entregue a comerciantes cadastrados. Favela do Moinho. Governo de SP Diversas casas já foram descaracterizadas, perdendo portas e janelas, e outras foram demolidas. Alguns desses processos foram criticados por especialistas por falta de conversas com a população da favela nos processos de remoções. Agora, o combinado entre lideranças do Moinho com a CDHU é que nenhum morador vai reocupar as casas. Longe do Centro, moradores da Favela do Moinho falam sobre desafios do recomeço Nesta quinta-feira (22), o secretário de desenvolvimento urbano e habitação de São Paulo, Marcelo Branco, afirmou que a nova fase da desocupação deve ser "mais tranquila" e classificou que o governo está fazendo o "resgate social" das famílias. "Estamos fazendo o resgate dessas famílias, o resgate social, proporcionando a mudança da favela por uma habitação melhor", disse. A parceria entre governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciada na semana passada ainda não foi assinada. Segundo o Ministério das Cidades, a portaria ainda está sendo preparada e deve ser finalizada nas próximas semanas.

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/05/22/desocupacao-da-favela-do-moinho-completa-30-dias-cerca-de-25percent-das-familias-ja-deixaram-local.ghtml


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